terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Poema Só

 Quando a insônia vier a te incomodar
E no teu leito encontrares só
E o pássaro da noite começar a cantar
Escute o canto!
São só três notas:
- Cadê o amor? Cadê o amor?
Cadê o amor?...


Autor: Juarez Matos, meu irmão, usando a sua sensibilidade e encontrando na poesia a expressão de seu sentimento mais profundo.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Pelourinho - O bairro

Essa praça
Essa raça
- Eita liberdade,
patrimonio da humanidade!

O seu pé
O seu morro
Este pé de morro
A sua graça
O seu povo
- Este é o famoso pelouro!

Suas casas, predios e sobrados
Nada de banga, bangalô,
um belo presepio
- Grande Pelô!

- Dá o pé louro!
Sim, este é o grande gesto.
No pé que se pede ao louro
há uma relação mutua
de amor e carinho...

- Dá o pé lourinho
que eu te dou o meu coração
Te estenderei não apenas o dedo
mas, a mão!

Sim, esta é a feição, 
a grande arte, o legado.
E tal amor se faz jus
em terreiro sem galo
- Terreiro de Jesus!


Entradas e Bandeiras (em ritmo de Rap)

Entra nos eixos
Entra nos trinques
- no brinde puro do ar fresco
Entra no cerco!

Entra na parte
Entra na chama
- na sã trama da arte
Entra no aparte!

Entra na calma
Entra na mesa
- na pureza da alma
Entra na palma!

Entra no dia
Entra no acordo
- no coro da cidadania
Entra no guia!

Entra na lida
Entra nos lares
- nos pilares da democracia
Entra na via!

Entra no morro
Entra na cama
- na lama do esgoto
Entra no poço!

Entra no tino
Entra na lua
- na rua dos meninos
Entra no hino!

Entra no sério
Entra nas asas
- nas casas da miséria
Entra na era!

Entra na hora
Entra no fundo
- no rumo da memoria
Entra na historia!

Entra na tal...
Entra na gloria
- na nova ordem mundial
Entra no astral!

Entra no campo
Entra no brio
- na beleza do Sampa, etc, Rio
Entra no - gooooooooooool do Brasil!!!


Viração

Foi-se a foice
Foi-se o mito
Foi-se o martelo
Foi-se o grito
Foi-se a espada invisível
de um heroi destemido.

Foi-se o símbolo
Foi-se o credo
Foi-se a bula
Foi-se o ego
Foi-se a gula insaciável
da medula do 'progresso'.

Foi-se o prélio
Foi-se o mando
Foi-se o muro
Foi-se o plano
Foi-se o poder latente
de um futuro tirano.

Foi-se o apocalipse
Foi-se o medo
Foi-se a onda
Foi-se a presa
Foi-se um velho Ser Político
para um novo Ser Natureza.

Foi-se a fama
Foi-se a gloria
Foi-se a utopia
Foi-se a historia
Foi-se a velha esperança
para o nascer de uma nova...

...E veio a ecologia
para mostrar, como um Cristo,
que neste planeta
a vida ainda pode ser muito longa
e eloquentemente
 aprazível.