terça-feira, 26 de abril de 2011

Patife de Bancarrota

Nessa vida intolerante
Tu, errante, te atolas
Amolas punhal da morte
E te açoitas porta afora
Como fosse chegada a hora
De acabar sofreguidão
Guidão, guidon
Guidão guiado à toa
Se espatifa pelo chão
Patife de bancarrota!

Com festas e pentecostes
E sete bocas nas costas
- Que importa apostar na provisão
Que importa o clarão lá fora
Se há escuridão por dentro!
Sem o acalento dos dias
E nas noites de insônia
- Como podes ser camarada
de pai do sono, pai de Sônia!

Quando tu pestanas ele te atazana
Te pega feroz em sonhos alucinantes
De lucidez de punhais
Te apunhalando sem sangue

Pai do sono é "Emoron Pódole"
Quando ele vem te deixa mole
Sem raça e sem força
Te faz retornar ao tempo
Em que foras somente
Pé de vassoura.

                         

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