terça-feira, 26 de julho de 2011

Poema Desconcertante

Da casca do ovo tiro o pó
Da gema a ema
E...
No esquentar da pena
Num esquema fecundo
Nasce um poema
Pernalta
Pescoçudo
Intruso no tempo
A correr ao vento...

... Há uma pena que flutua
Solta no ar
A riscar o espaço...
De repente, rasga-o
Rente e fugaz
- Estabanada nave.
Mas o poema, este fica
De pés no chão
Tal qual
A própria ave.
                                                                

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