A vida assina
O que a rua ensina
E insinua
E insinua
Que nas noites nuas
A lua não é só dos namorados
Mas de criaturas alheias
Nuas
Nuas
Despidas de lares
De olhares vivos nos semblantes crus
E aqueles que se cruzam
Bem sabem a quem cabem
As agruras dos dias
A largueza das ruas
Frias
Também nuas...
E o poeta pinta no olho da rua
Traga com a boca da noite
A sua cor
A sua dor
E canta
Lança no olho da noite
E canta
Lança no olho da noite
Cânticos repletos de luz
E espanta
Quem não sabe olhar...
Quem não sabe olhar...
... E a vida ensina:
- Como é perverso
O olho
da
rua!
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